Aula inaugural do PPGDC destaca desafios da produção acadêmica interdisciplinar
- 29/06/2025
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foto divulgação
O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário (PPGDC) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) realizou a sua aula inaugural do ano letivo de 2025. O evento na segunda-feira (23) reuniu docentes, mestrandos e doutorandos no Câmpus de Irati para acompanhar a palestra “Os desafios da produção de conhecimento interdisciplinar em tempos de incertezas”.
A conferência foi ministrada pela professora Verônica Teixeira Marques, presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação Interdisciplinares em Sociais e Humanidades (Aninter-SH). Entre outros pontos, Verônica destacou como um desafio imediato a adequação às alterações na metodologia de avaliação da produção científica, implementadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) a partir deste ano.
“Para o quadriênio de 2025 a 2028, a CAPES estabeleceu métricas gerais e cada área escolhe a forma como dentro dessas métricas pré-definidas vai avaliar a sua produção. Então há muitas mudanças dentro do Qualis, que é o sistema que faz a avaliação dos artigos, e tem muita gente ansiosa para saber como é que vão funcionar essas novas regras.”, afirma Verônica, que também é membro da Diretoria Executiva da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas (RBMC).
Como lembra o coordenador do PPGDC, professor Carlos Alberto Marçal Gonzaga, uma das principais mudanças é a responsabilidade compartilhada por docentes e discentes no preenchimento da nova Plataforma Sucupira, sistema informatizado que coleta, organiza e disponibiliza informações sobre a pós-graduação no Brasil. “No modelo anterior, apenas o coordenador dos Programas de Pós-Graduação fazia o preenchimento de dados. Agora, cada um será responsável por validar seus próprios dados”, pontua.
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Tecnologias e Políticas Públicas (SOTEPP) do Centro Universitário de Maceió (Unima), a professora Verônica tratou ainda de temas contemporâneos, como os limites éticos do uso das ferramentas de Inteligência Artificial em pesquisas.
Além disso, a presidente da Aninter-SH abordou a proliferação de publicações que cobram pesquisadores prometendo facilidades de aprovação de artigos e prazos reduzidos e os problemas que elas trazem para a disseminação da produção científica.
FONTE WYLLIAN CORREA
ASCOM UNICENTRO